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Os Nossos Deuses
Os Nossos Deuses

 Os Nossos Deuses

Aqui vai uma explicação um pouco mais detalhada sobre a Deusa e o Deus...

O Deus e a Deusa 

Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições. Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida. 

O Deus 

Um dos principais princípios da Bruxaria é a Harmonia tanto consigo mesmo quanto com a Natureza e o Cosmo, trabalhamos com energias tanto masculinas quanto femininas mesmo sendo uma religião Matrifocal, a Deusa e seu Consorte vivem em ampla Harmonia, muitas das estatuetas e pinturas ruprestes da antiguidade mostravam a Deusa muitas vezes rodeada por Animais completamente masculinos, como Leões, outras estatuetas tinham quase como corpos homórficos, uma mistura do masculino e do feminino em um só ser. 
Na maioria dos Mitos os Deus nasce da Deusa depois se torna seu consorte, trazendo à tona a fertilidade, vive em harmonia com ela depois morre seguindo o ciclo da Vida. Não somente como o Sol o Deus esta representado em muitas faces na Natureza, principalmente na sua face indomável, que exemplifica a fase do homem como caçador-coletor, representado por um ser com aspecto humano porém com chifres, chifres esses de Alce , mostrando ainda um animal selvagem. Conforme o Homem foi "domesticando" a Terra e os animais, esse Deus passou a ser apresentado por corpo Humano, mas com chifres de bode, um animal dócil e domesticável. Mesmo tendo chifres de Bode ainda mantinha em seu ser a força do Deus selvagem dos chifres de Alce, como atesta a natureza do Deus Pã. Como a Deusa, o Deus também tem muitas faces e muitos nomes, Cornunos vindo da palavra em Latim Cornus, descreve bem a face deste Deus selvagem em que acreditavam os Celtas, Dionísio também tem chifres e representa a virilidade, em algumas ocasiões seus chifres são de bode outras de touro, essa imagem de touro como as representações em que Dionísio aparece com serpentes tem ligações com os ritos lunares da Antiga Europa. Sabemos que em algumas tradições Dionísio era consorte de Ártemis, confirmando a natureza silvestre. Ao chegar a Itália o culto a Dionísio foi adaptado a vida da nova terra sendo esse Deus atribuído aos vinhedos teve o nome Baco muitas vezes o Deus conífero na Itália também recebia um coroa de folhas de Uva, e atrás surgiam seus chifres. Outra face do Deus é a do Senhor da Colheita - Green Man, aqui encontramos mais uma vez a figura de Dionísio, sendo o único Deus não indo-europeu da Antiga Europa, aqui ele aparece como o Senhor da colheita, tendo uma imagem mais madura, como as sementes depois que o sol brilhante e fervoroso as fez germinar, instiga o verdejar da terra após o frio inverno. As estrelas são pequenos sóis distantes, também associadas ao Deus, como os desertos escaldantes, e as altas montanhas. 
Os Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, a flecha , bastão mágico, o tridente, o punhal, faca ou Athame, as cores são o dourado, marrom, azul, verde e amarelo. Os principais Sabaths ligados ao Deus é o Yule, que marca o nascimento da Criança Azul da Promessa, em Ostara o Deus se torna um jovem que esta alcançando sua maturidade. A Deusa e o Deus são iguais e unidos. 

A GRANDE MÃE 

A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem ou donzela, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal! A Deusa é a Mãe universal. É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca, ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante. Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência humana entre duas encarnações. Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, ela é tanto a tentadora como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo. Porém, apesar de ela ser feita de ambas as naturezas, a Wicca a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido. Nós a vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor. A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos. Muitos símbolos são utilizados na Wicca para honrá-la, como o caldeirão, a taça, o machado, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos. Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas. Algumas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados a Deusa! A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça; uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés; a eterna mãe com o peso da criança; a tecelã de nossas vidas e mortes; uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres. Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna.